O projeto intitulado Biblioteca
Itinerante, iniciativa da Biblioteca Municipal “Eduardo Boechat Ramos”, de
Cananéia, está levando cultura e diversão para as comunidades mais distantes do
Município. Esse projeto inclui, além do empréstimo de livros, a tentativa de resgate
da cultura local, através da contação de histórias feita pelos moradores do
próprio bairro. Com isso, se pretende atingir as faixas infantil, infanto-juvenil
e adulto, com obras que levem à reflexão e, ao mesmo tempo, proporcionem um
prazer estético.
“A leitura é uma ferramenta
indispensável para a vida do ser humano como geradora de conhecimento e o livro
foi, é e será o tutor da memória da humanidade. Nesses vários séculos de
existência, o livro tem presenciado as transformações sofridas pela sociedade e
o surgimento de inovações tecnológicas. Num quadro de metáfora este objeto
cultural age como um ‘observador silencioso’, que olha para tudo, mas continua
no seu conteúdo, soberano, intocável e fiel ao seu destino de formador de
leitores conscientes”, pondera a bibliotecária e gestora do projeto Alaíde P.
Santos Faraci.
O projeto acontece uma vez por mês em comunidades do Continente neste
ano de 2012, mas deverá ser ampliado para o próximo ano para outros bairros da
cidade.
COMENTARIO:
Em
pleno século XXI vemos uma Prefeitura anunciar, como novidade, depois de 500 de
invenção da imprensa, uma iniciativa que já deveria ser rotina, em todas as
cidades, há pelo menos cem anos. Mas seria demonstrar muito mau humor, fazer críticas
azedas num momento desses. A ação da Biblioteca de Cananeia é muito, mas muito
louvável mesmo. O que fica claro, porém, é que isso demonstra a dívida que o país
inteiro tem com seu povo, descuidando da cultura que, afinal, é o único caminho
na direção de uma melhoria de vida. Nesse ponto é bom nem lembrar o desleixo
com que os livros são tratados em muitas de nossas bibliotecas, no triste e
atrasado Vale do Ribeira.
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