As cidades de Juquiá e Jacupiranga tiveram um grande aumento nos
casos de dengue nos dois primeiros meses de 2013. Juquiá teve o maior aumento.
Em todo o ano de 2012 foram registrados 18 casos. Em 2013 já foram registrados
275 casos confirmados até o momento. O surto da doença fez, enfim, soar o
alarme das autoridades responsáveis: agentes públicos percorreram as residências,
verificando os possíveis focos do mosquito responsável pela doença.
Como observou a coordenadora de Vigilância Sanitária, em Juquiá,
Fernanda Nardino: “Nossa região é propícia a esse mal, ainda mais com o calor e
a chuva dos últimos meses.” Entretanto, o que nem essa, nem outra autoridade
observaram é que nossa região sempre foi assim, portanto, os cuidados com a
proliferação de mosquitos e outros problemas relacionados ao clima e ao regime
de chuvas deviam ser intensos e permanentes, e não eventuais.
Mas isso não diz respeito apenas às
autoridades: toda a população devia estar permanentemente atenta ao problema. A
dona de casa, Leda Inocêncio Prosdócimo dá o exemplo: “Eu cuido mesmo. É muito
perigoso. O melhor é evitar. Sempre que estou passando na rua e vejo algumas
latinhas com a boca para cima, ou a tampa da garrafa, eu vou virando. Porque
isso acontece não só nas casas, mas nas ruas também”. Isso é cidadania, mas me
parece que a responsabilidade pela limpeza pública, nas ruas, cabe às
prefeituras.
O que acaba acontecendo, entretanto, é
os justos pagando pelos pecadores. A auxiliar de serviços gerais, Verônica
Santos, que mora na Vila dos Pássaros, em Juquiá, conta que o quintal de sua casa
está sempre limpo. Entretanto, assim mesmo ela acabou pegando dengue. ”Eu
fiquei surpresa e pensei que acontecia lá fora, que na minha casa não ia
acontecer. Justo eu, que cuido, acabei pegando essa doença”, disse Verônica.
O problema de Juquiá repetiu-se em
Jacupiranga, com um grande aumento de casos da doença, em relação ao ano
passado. Em 2012 foram registrados 64 casos e, em 2013, esse número já chegou a
538. Isso somente nos dois primeiros meses do ano, mais que oito vezes o
equivalente ao ano passado inteiro. Não temos dúvida que também nesta cidade há
pessoas conscientes, como Da. Leda e Da. Verônica. Mas também aqui se repete o
descuido das autoridades, como em Juquiá e, como todos sabem, em quase todas as
cidades do Vale do Ribeira!
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