segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

VALE DO RIBEIRA E PARTIDO VERDE

VALE DO RIBEIRA E PARTIDO VERDE
É interessante notar que o Vale do Ribeira de Iguape, no qual muitas cidades se orgulham de sua bela floresta, que tem grande parte de suas terras na chamada Mata Atlântica, não tem nenhum prefeito do PV – Partido Verde. Temos escritórios do IBAMA, da SOS-MATA ATLÂNTICA, temos rios com problema de desbarrancamento, por deficiência da flora ciliar e, no entanto, não temos nenhum prefeito ideologicamente ligado ao problema da preservação da floresta.
        Está claro que prefeitos e vereadores de todos os partidos podem e devem se interessar pelos problemas da preservação, e muitos o fazem, mas a inexistência de políticos específicos dessa questão, no poder municipal, dá o que pensar. As questões ligadas às áreas de preservação não dizem respeito somente a florestas, mas também a pessoas que nelas habitam, como os remanescentes dos quilombolas, os chamados “mosaicos”, nos quais dezenas de famílias se veem confrontadas com o poder público, em função de suas atividades tradicionais, que podem afetar o meio ambiente, etc.
        Devemos confessar que não é possível, apenas por palpite, descobrir o que está por trás dessa ausência de prefeitos “verdes”, no poder dos nossos municípios. Mas uma coisa é evidente, até pela leitura de jornais, pelas conversas entre os cidadãos e pelos debates políticos: o problema da preservação ambiental não entrou no imaginário de nossa gente. Acontece que esse problema faz parte da educação do povo, que começa na escola e continua pela imprensa e pelo discurso político. Se o Partido Verde não consegue um “lugar ao sol” na administração pública da Região, é porque seus líderes locais andam descuidados da educação, em sentido lato, de todos os cidadãos, em todas as faixas etárias.  

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