sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O DRAMA DO VALE DO RIBEIRA IV


           Antes de prosseguir com novas considerações sobre nosso tema, achamos sensato apresentar uma amostra numérica das afirmativas anteriores, a respeito das condições em que se apresentam as cidades do Vale do Ribeira. Isso seria demonstrativo não só do que já foi dito como serve de base para outras considerações. A amostra numérica diz respeito à variação populacional das cidades, bem como da qualidade de vida (IDH) nelas, o que, a nosso ver, explicita de modo claro nossa tese de que a região, em boa parte, se encontra numa situação realmente “dramática”.

           Com respeito à população das cidades, podemos observar, na tabela abaixo, as variações numéricas no período assinalado. Percebemos, então, que a maioria das cidades sofreu uma diminuição de seus habitantes, o que significa, decididamente, uma “fuga” de condições inadequadas de vida.
 


        Com relação ao IDH, a demonstração abaixo dá uma ideia sobre as condições de vida, nas cidades do Vale do Ribeira, mostrando, não só as deficiências de algumas como a diferença entre elas:
 
Apiaí - 0,716, Barra do Chapéu - 0,642, Barra do Turvo - 0,662, Eldorado - 0,733, Iporanga - 0,692, Itaóca - 0,650, Itapirapuã Paulista - 0,645, Ribeira -  0,677, Sete Barras - 0,731, Cerro Azul - 0,721, Adrianópolis - 0,748, Tapiraí - 0,738, Juquiá - 0,742 - 0,749, Iguape - 0,757, Jacupiranga - 0,759 Pariquera-Açu - 0,770, Cananéia - 0,775, Registro - 0,777, Ilha Comprida - 0,803,

Miracatu - 0,752, Pedro de Toledo - 0,729 e Cajati - 0,751.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O DRAMA DO VALE DO RIBEIRA - III

         
            

              Um humorista não deixaria de glosar o fato ou, pelo menos, a impressão de que, na região do Vale do Ribeira, existe um cuidado maior, por parte das leis e das autoridades, com a Mata Atlântica, com os pés de palmito e com os animais silvestres do que com seus habitantes humanos. Ninguém consegue derrubar uma árvore, mesmo num terreno particular, ou colher um pedaço de palmito sem ter, imediatamente, uma autoridade por perto, cobrando-o (até com prisão) por isso. Mas é bem provável que, em alguns pontos da região, se alguém está muito doente ou, mesmo à morte, seus parentes e amigos vão ter muito trabalho para levá-lo a um posto médico.  
            A região também tem outras maravilhas naturais cuidadosamente preservadas, como as cavernas calcárias, mas seus habitantes ostentam minúsculos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), talvez, no seu conjunto, os menores do estado de São Paulo. Os Índices de Desenvolvimento Humano de algumas cidades, como Barra do Chapéu e Itapirapuã Paulista (0,65) estão bem próximos daqueles de estados brasileiros menos desenvolvidos, como Alagoas (0,633), Maranhão (0,647), Piauí (0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687). Para comparação, é bom lembrar os índices de São Paulo (0,814), Distrito Federal (0,844), Rio de Janeiro (0,802), Rio Grande do Sul (0,809) e Santa Catarina (0,806).

            Apenas como lembrete, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) parte do pressuposto de que, para aferir a qualidade de vida de uma população,  não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também as características sociais, culturais e políticas. Ele foi criado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998. Ele leva em consideração também a longevidade – expectativa de vida, ao nascer; e a educação – avaliada pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. É sempre bom contrapor o IDH ao conceito de PIB (Produto Interno Bruto) per capita, muito utilizado para demonstrar o bom desempenho da economia de um país ou região.    

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O DRAMA DO VALE DO RIBEIRA - II


           

          O Vale do Ribeira é um conjunto formado por 23 municípios, que ocupa o sul do Estado de São Paulo e um pedaço do oeste do Estado do Paraná. Do ponto de vista geográfico, sua posição relativa, no mapa do Brasil, é das mais privilegiadas: a Região Sudeste é a parte mais desenvolvida  do Brasil, em termos de meios de subsistência, graças a uma agricultura moderna, uma indústria dinâmica e um comércio conectado com o mundo. Entretanto, como veremos, a inserção do Vale do Ribeira nessa região progressista e dinâmica não lhe proporcionou os esperados benefícios. Não por outra razão, consideramos adequado abordar essa situação sob o título de “drama”.

           Há muitas maneiras de se medir o estado de coisas em uma cidade,  região ou país, no que diz respeito à qualidade de vida de seus habitantes. Uma delas, pitoresca e direta, foi expressa pelo antigo ministro Roberto Campos: “Quando muitas pessoas querem sair de um lugar, é porque ali não se está bem, quando muitas pessoas querem ir para lá, é porque isso vale a pena”. Sua referência era a rivalidade entre os países de regime capitalista ou socialista, na época da “guerra fria”, mas, a nosso ver, o preceito serve para muitas outras situações. Entretanto, considerando-se a diversidade de opiniões, com respeito a política, religião ou gostos pessoais, mudar de lugar pode ter muitas outras motivações do que apenas “sentir-se bem”.  

           Uma dos traços comportamentais mais típicos do homem moderno é a busca de conforto. Assim resumido, o conceito parece dizer pouco. No entanto, pensando-se de modo amplo, conforto pode significar, ao mesmo tempo, um lar, uma carreira profissional, o desejo de segurança para o futuro, o ideal de realização pessoal, a tranquilidade de espírito. Então, levando-se em conta aquele diagnóstico de Roberto Campos, a busca de conforto pode levar as pessoas a se deslocarem de seus lugares de origem, quando ali não conseguem satisfazer esses desejos tão simples. Para julgar a situação dos habitantes do Vale do Ribeira, com relação a esse item, isto é, a busca do conforto, devemos recorrer à estatística, que nos dará a variação populacional da região.

           Assim, enquanto o estado de São Paulo, entre os anos 2000 e 2007, variou positivamente sua população de 41 milhões para 43 milhões, aproximadamente, o Vale do Ribeira teve sua população diminuída em 2,71%, tendo passado de 358.592 para 349.123 habitantes. Levando-se em conta essa variação populacional, pode-se dizer que o Vale do Ribeira, como um todo, não apresenta condições de “conforto” para muitos de seus habitantes. Isso pode significar muitas coisas, entre as quais podemos elencar a busca de escolas apropriadas a vocações específicas, emprego e, mesmo, proximidade de atendimento médico mais adequado.  

 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O DRAMA DO VALE DO RIBEIRA – I



 

          Uma folheada superficial nos livros de História do Brasil ou, indo ao detalhe, na História do estado de São Paulo, é o suficiente para perceber que a região do Vale do Ribeira mereceu pouca atenção dos  pesquisadores. Omissão, ou falta de material histórico de interesse? Nesse caso, o que seria de interesse histórico? Cultura? Conflitos? Economia? Seja qual for ponto de referência, como já dissemos, o Vale do Ribeira não passou no teste. Para não nos prolongarmos muito, de Washington Luís, com sua História da Província de São Paulo, a Boris Fausto, com sua História do Brasil, passando pelo “Os homens que governaram São Paulo” de Odair Rodrigues Alves, qualquer pesquisa, que se destine a verificar a importância histórica desta região do sul do estado mais próspero do Brasil, se frustra.

           “É a economia, estúpido”, a famosa fala do marqueteiro de Bill Clinton  nos parece uma resposta simples ao “porquê” do grande vácuo histórico que envolve a região do Vale do Ribeira. De fato, se começarmos pelo início da colonização portuguesa, no Brasil, a região sul-paulista pouco interesse despertou nos exploradores lusitanos. Logo no início de nossa caminhada histórica, a parada, em Cananeia, da expedição exploradora de Martim Afonso de Sousa, provavelmente só serviu como sinalização dos limites meridionais da colônia. A arrancada colonizadora de São Vicente, com a escolha da Vila para centro decisório de uma incipiente capitania, serviu para dinamizar o eixo litoral-interior, mas apenas dessa vila em direção ao planalto de Piratininga.

           Um breve resumo da história econômica da Região Sudeste do Brasil, atualmente a mais próspera do país, fornece uma razoável explicação para o  silêncio que envolve o passado do Vale do Ribeira. Com efeito, depois de uma frustrada busca de ouro nas imediações de Jaraguá, nas proximidades do eixo São Paulo-São Vicente, os vicentinos, que já começavam a ser denominados de “paulistas”, se deslocaram em massa para as “minas gerais”, a nordeste da Capitania, início de um vitorioso ciclo de riquezas, que acabou transbordando para os futuros estados de Goiás e Mato Grosso. É de se notar que a pesquisa do “ouro de lavagem”, isto é, tirado do leito dos rios, foi uma constante, em quase todo o território brasileiro então conhecido, o que inclui o Vale do Ribeira. Entretanto, a avassaladora abundância do “ouro das minas gerais” carreou a maioria dos mineradores para aquela região.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Áreas rurais do Vale do Ribeira ainda estão isoladas por causa da chuva


 

O tempo melhorou no Vale do Ribeira, mas as consequências da forte chuva do último fim de semana ainda mobilizam equipes da Defesa Civil, prefeituras e de outras esferas públicas no auxílio aos desabrigados e, principalmente, no atendimento à população que ficou isolada nas áreas rurais.

 
As cidades de Miracatu e Juquiá foram as mais castigadas pelas cheias. Na manhã do dia 19, ainda não era possível chegar de carro às zonas rurais e nem os moradores dessas localidades podiam usar os seus veículos para fazer compras, vender mercadorias ou resolver qualquer questão nas zonas urbanas. Os acessos ficaram bloqueados por quedas de barreiras ou inundações, segundo informou à Agência Brasil o coordenador regional da Defesa Civil, Irineu Takeshita de Oliveira.

 
“Temos estradas ainda submersas e em alguns locais não passam veículos por causa de barreiras que caíram”, explicou ele. De acordo com Irineu, há operários trabalhando para desobstruir os acessos ao meio rural. Só em Miracatu, onde ocorreu o transbordamento do Rio Bananal e dos córregos Prainha e Ubirajara, havia 41 desabrigados e mais de 600 pessoas fora de suas casas.

Em Juquiá, onde as chuvas se prolongaram até domingo (16), além de árvores caídas, a água encobriu ruas e avenidas, invadindo as residências. Pelo menos 15 pessoas ficaram desabrigadas e o número de desalojados chegou a 465.
 
Foram atingidos ainda os municípios de Itariri, onde há nove desalojados; de Pedro de Toledo, com 70 desalojados e nenhum desabrigado; de Jacupiranga, com dez desabrigados e o mesmo número de desalojados; de Cajati, com oito desalojados e nenhum desabrigado, e de Registro, com 35 desabrigados e 15 desalojados.
 
Relatório divulgado pela Defesa Civil mostra que em Juquiá foram inundadas 350 moradias e em cinco pontos houve queda de barreiras. Em Miracatu, as enchentes afetaram 354 residências e houve ainda a interrupção de energia em quatro bairros.
 
Para levar socorro às vítimas das enchentes isoladas em propriedades rurais foram disponibilizados uma aeronave do Grupamento Aéreo da Polícia Militar, barcos do Policiamento Ambiental e equipes do Corpo de Bombeiros.

Polícia apreende 30 quilos de pasta de cocaína em Cajati


 

Duas pessoas foram presas pela Polícia Rodoviária Federal em Cajati, na manhã desta quarta-feira (19), após serem flagradas transportando droga em um veículo. A abordagem ocorreu na Rodovia Régis Bittencourt.

 
Segundo a polícia, um casal estava em um carro quando foi abordado em uma vistoria de rotina, realizada na rodovia Régis Bittencourt, na altura da cidade de Cajati. No banco de trás do veículo, a polícia encontrou 30 quilos de pasta base para cocaína.

 
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o carro vinha de Foz do Iguaçu e seguia para São Paulo. O casal foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) da cidade de Jacupiranga.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Funcionários da Prefeitura de Juquiá recebem curso da brigada de incêndio


 

 

 

Funcionários municipais de Juquiá receberam essa semana, dia 04/02 o curso de formação da Brigada de Incêndio, sendo aulas teóricas no período da manhã e a tarde aulas práticas. O treinamento foi ministrado pelo Primeiro Sargento Bombeiro Militar de Registro Roberto de Freitas.

 
O objetivo do curso foi proporcionar conhecimentos básicos sobre prevenção, extinção de princípios de incêndio, além de técnicas de primeiros socorros bem como capacitar quanto à operacionalidade do sistema contra incêndio instalado em locais de eventos e prédios adotando um padrão de comportamento em situações de emergências.

 
Os participantes tiverem acesso aos conhecimentos sobre a teoria do fogo, componentes do fogo, métodos de extinção, classes de incêndio, agentes extintores, aparelhos extintores, gás de cozinha, além de técnicas de primeiros socorros de reanimação cardiopulmonar, hemorragias, entre outros.

Inscrições abertas para a 1º Taça de Basquete de Jacupiranga


 


Estão abertas até o dia 26 de fevereiro, as inscrições para a I Taça de Basquetebol de Jacupiranga. Podem se inscrever equipes de outros municípios. As fichas devem ser retiradas no ginásio de esportes.

Mais informações: (13) 997839372 – (13) 981571145

Prefeitura de Cajati inicia distribuição de Kits Escolares


 

 

A Prefeitura de Cajati, através do Departamento Municipal de Educação, realizou nessa segunda-feira, dia 10 de fevereiro, as primeiras entregas dos kits escolares, uniformes e apostilas do Sistema SESI-SP de Ensino aos estudantes da Rede Municipal.

 

A distribuição aconteceu na Escola Municipal Profª. Maria da Conceição Rodrigues de Alcântara, no bairro Vila Vitória, onde foram entregues cerca de 200 kits, elaborados de acordo com a necessidade de cada série escolar.

 

Na ocasião, estavam presentes o Prefeito Luiz Henrique Koga, o Vice-Prefeito Ismael Fernandes, a Diretora do Departamento Municipal de Educação, Srª Maria Claudia Brondani Rabelo, o Diretor da Escola, Sr. Máximo Ribeiro e a Vice-Diretora, Srª Jucirema Leite de Souza Oliveira. Também prestigiaram os alunos os Vereadores Aparício Ferreira da Rosa (Aparício Enfermeiro), Dirney de Pontes (Ney do Hospital), Sidinei Aparecido Ribeiro (Bico) e Suely Pires Pereira (Suely do

Capitão Braz).

 

Para o Prefeito Luiz Koga, o convênio assinado com o Sistema SESI-SP representa um grande avanço para o município. “A parceria entre a Administração Municipal e o SESI busca oferecer ainda mais qualidade no ensino e tenho certeza que o

projeto dará um futuro melhor para a nossa população”.

 

Os kits contêm mochila, estojo, canetas, borracha, diversos tipos de cadernos, agenda, lápis de cor, lápis preto, massa de modelar, tinta guache, papel sulfite, entre outros itens que serão utilizados no dia a dia da sala de aula.

 

              Sobre o Sistema SESI-SP de ensino

 

O Sistema SESI-SP começou a ser implementado em Cajati neste ano e atenderá 34 escolas municipais. No total, serão 3.516 alunos beneficiados e envolverá a participação de 33 gestores e 181 professores do município.

Aldeia Cultural 100% online, internet grátis pra todos em Eldorado


 
 

A Prefeitura de Eldorado está atendendo mais uma necessidade da população, o acesso à tecnologia e informação através da internet. Agora esta ferramenta será grátis na Aldeia Cultural.

 

O Programa Acessa São Paulo, é um programa de inclusão digital do Governo do estado de São Paulo que oferece para a população novas tecnologias da informação e comunicação, em especial a internet, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural, intelectual e econômico dos cidadãos.

 

1- É realmente de graça?

 

Sim. Não tem taxa de adesão, nem mensalidade.

 

2- É pra todo mundo?

 

É, mas preferencialmente para quem ainda não tem acesso à internet.

 

3- Qual a área de cobertura?

 

Ela cobrirá o prédio da Aldeia Cultural e arredores.

 

4- O que é possível fazer com essa conexão?

 

Com o Acessa São Paulo você pode mandar e receber e-mails, entrar em redes sociais, navegar por sites do mundo inteiro e muito mais.

 

Então, leve seu notebook, tablet ou celular com sinal wi-fi e venha se conectar.

 

Livre todos os dias, em todos os horários.

 

Não perca tempo… anote o login e senha:

 

Login: eldorawi

 

Senha: prdwifi

Biblioteca municipal de Eldorado será contemplada com novos livros

 
A biblioteca municipal Carlos Paiva, na Aldeia Cultural, ficará mais rica em breve. Trata-se de uma doação de livros que ampliará e modernizará o acervo. O local receberá 2 kits, contendo 40 livros, escritos pelos vencedores do prêmio São Paulo de Literatura.

O termo de doação foi formalizado pela Secretaria Estadual de Cultura, em conjunto com o Prefeito Eduardo Fouquet. O valor total das obras foi estipulado em R$ 1.156,60.
André Bigi Lara, Coordenador da Divisão Municipal de Cultura, enfatizou a importância da doação e reforçou que neste ano a biblioteca receberá uma atenção especial. “Estamos com diversos projetos de incentivo a leitura.

Queremos que a biblioteca se torne um lugar onde os amantes da leitura se sintam bem e confortáveis.”
André ainda comentou sobre a atualização dos livros e de novas ações. “Iremos começar um processo de repasse e doação de alguns materiais, pois existem muitos livros desatualizados, e depois disso, munir a biblioteca com um novo acervo, bem como, assinatura de jornais, revistas, quadrinhos, além de filmes e documentários, em DVD, sobre a cidade”, destacou André Bigi.

Prefeitura de Registro solicita melhorias em reunião com Autopista



 

          Na última quinta-feira, dia 30 de janeiro, o secretário de Obras e Planejamento Urbano, Roberto Francelino, e o secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana, Marcos Koyama, estiveram com suas equipes em reunião com o responsável técnico da Autopista Régis Bittencourt, Nelson Segnini Bossolan. O encontro foi realizado a pedido da Prefeitura de Registro para solicitar projetos de melhorias para o município.

 

De acordo com o Secretário de Obras, a BR 116 seccionou a cidade em duas partes, por isso um dos pedidos para a concessionária da rodovia é que seja realizado o estudo e projeto básico para transposição da BR em alguns trechos, a fim de diminuir a aglomeração de veículos na travessia da Rua H. Matsuzawa, a única existente para passagem do lado leste para o oeste da cidade.

 

“Pedimos o estudo de viabilidade para que sejam feitas duas travessias na BR 116, uma elevada na altura da Av. Wild José de Souza e uma inferior na altura da Rua Getúlio Vargas, na Vila Nova Registro”, disse Roberto.

 

Em reunião realizada em janeiro com o gerente de engenharia da Autopista também foram solicitadas as travessias de aduelas (águas pluviais) da Rua Curitiba, na Vila Tupi, e a melhoria do dispositivo de acesso da BR 116 x SP 139.

Shows ao vivo, desfiles de blocos e escola Quero-Quero farão a festa do Carnaval da Ilha


 

 

           Desfiles de blocos e escola de samba na Avenida Copacabana e shows ao vivo na Arena de Eventos da praia do Boqueirão Norte com a Banda Crystal do Samba farão a alegria do Carnaval 2014 na Ilha Comprida, entre a sexta 28/02 e a terça 4/03. Todas as atrações serão gratuitas. Nove blocos confirmaram presença no Carnaval da Ilha . Quem quiser participar , pode comprar os abadás na quinta-feira 27/02, nas tendas do Carnaval na Praça do Boqueirão.

           A escola de samba Quero –Quero desfila no domingo com o tema “ Sou brasileiro, sou guerreiro e não desisto nunca”. Os ensaios da escola já estão abertos aos interessados às sextas e domingos , às 21 horas, em sua sede na avenida Copacabana. Todos os dias de Carnaval, às 10 horas, haverá lambaeróbica com trio elétrico na praia do Boqueirão. O carnaval 2014 faz parte do Ilha Verão promovido pela Prefeitura da Ilha Comprida com apoio da Caixa Econômica Federal. Acompanhe a programação:


Desfiles de blocos e escola Quero-Quero – Av. Copacabana

Show ao vivo – Arena de Eventos da Praia do Boqueirão Norte

Lambaeróbica – Praia do Boqueirão Norte

 

Sexta – 28 de fevereiro

 23 h- Show na praia com a Banda Crystal do Samba

 
Sábado- 1 de março

 
10h – Lambaeróbica com trio elétrico

21h- Bloco Los Pegajosos

Bloco Café com Leite

Bloco Cataia

Bloco do Pinto

Em seguida – Show na praia com a Banda Crystal do Samba

 

Domingo – 2 de março

 

10h – Lambaeróbica com trio elétrico

21 h –Bloco da Terceira Idade

Bloco Os Corujões

Bloco do Pinto

Escola de Samba Quero-Quero

Em seguida – Show na praia com a Banda Crystal do Samba

 

Segunda-feira – 3 de março

10h – Lambaeróbica com trio elétrico

21h – Bloco Gaviões da Ilha

Bloco das Virgens

Bloco da Perereca

Em seguida – Show na praia com a Banda Crystal do Samba

 

Terça-feira – 4 de março

 

10h – Lambaeróbica com trio elétrico

21 h – Encontro de todos os blocos

 

Em seguida – Show na Praia com a Banda Crystal do Samba

Aterro sanitário de Registro está em condições adequadas, segundo a CETESB


 

              Na última avaliação realizada pela Agência Ambiental da CETESB, o aterro sanitário de Registro recebeu a nota 8,4, indicando que as condições do local estão adequadas. Com as medidas implantadas desde o início da atual gestão, o aterro tem apresentado uma constante evolução das condições: em janeiro de 2013, a nota da CETESB foi 6,6. Em maio, a avaliação subiu para 7,3 e em dezembro, 8,4.

              Segundo o secretário de Desenvolvimento Agrário e Meio Ambiente, Nelson Bazilio da Silva, as áreas encerradas do aterro sanitário, onde não pode mais ocorrer a deposição de resíduos, estão recebendo plantio de grama. A fiscalização foi intensificada, inclusive com apoio da Polícia Militar Ambiental, para evitar a entrada de invasores. A área foi cercada com arame e o aterramento é realizado assim que os caminhões concluem o depósito do lixo.

               O Índice de Qualidade de Resíduos (IQR) emitido pela CETESB avalia diversos quesitos, entre eles a vigilância do local, isolamento físico e visual, compactação dos resíduos, cobertura de terra, proteção vegetal, impermeabilização do solo, drenagem e tratamento de chorume, monitoramento de águas subterrâneas, presença de catadores, ocorrências de moscas e odores, presença de aves e animais, estrutura e procedimentos.

               “É importante que a população colabore cada vez mais com a coleta seletiva. Dessa forma, vários tipos de resíduos como vidros, plásticos e ferro seguem para a reciclagem e deixam de impactar o meio ambiente”, conclui o secretário.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Registro sediará o 7º Torneio da Amizade de Beisebol Sudoeste


 


 

O município de Registro será uma das quatro sedes do 7º Torneio da Amizade de Beisebol. Neste domingo, 9 de fevereiro, serão realizados três jogos da primeira fase do torneio na sede de campo da ACER – Associação Cultural e Esportiva de Registro (antigo RBBC), situada à Avenida Clara Gianotti de Souza nº 1500.

 Participarão do torneio 14 equipes: Caucaia Ducks, Beisebol Futuro, Ibiúna, Itapetininga, Itapevi, Pilar do Sul, Registro, Sorocaba, Tatuí A, Tatuí B, Vargem Grande Paulista, Volta Redonda, New Giants (São Paulo) e Under Dogs (São Paulo).

 A chave de Registro conta com 3 equipes: Caucaia Ducks, Sorocaba e Registro, onde os jogos estão previstos para iniciar às 8h30 com a presença confirmada do prefeito Gilson Fantin, que fará o lançamento inicial da primeira partida.

 Desde 2008 o município não sedia um torneio desta importância. Naquele ano, Registro sediou a primeira fase do Torneio H. Shiozaki, recebendo Caucaia e Capão Bonito, e as finais, onde estiveram presentes Ibiúna e Tatuí, além do anfitrião. Registro terminou a competição em terceiro lugar.

Sede da Banda Municipal de Jacupiranga será reformada

 

 

O prefeito de Jacupiranga, José Cândido Macedo, anunciou na última semana a conquista de recursos para serem aplicados na reforma do prédio da sede da Banda Municipal. O benefício de R$ 300 mil é proveniente de emenda parlamentar do deputado estadual Samuel Moreira. De acordo com o prefeito Macedo, desde o início da administração, a gestão pública tem prezado pelo resgate das tradicionais culturais do município.

“A Banda de Jacupiranga já nos deu tanto orgulho e foi referência em toda região do Vale do Ribeira. Queremos retomar essa importância histórica, investindo ainda em nossos jovens e na cultura do município, que também cumpre seu papel de inclusão social e desenvolvimento. Temos inúmeros talentos em nossa cidade e a partir de agora nossos músicos contarão com um espaço adequado para as aulas. Colocaremos Jacupiranga em lugar de destaque nos grandes eventos do Estado de São Paulo e do país”, disse o prefeito Macedo.

Atleta de Eldorado participa do Mundial Submisssion Fight 2014


 

 

Odair José Pontes, de Eldorado, um dos destaques do Jiu Jitsu regional, representou a cidade no Mundial Submisssion Fight 2014, em São Paulo, no último domingo (26). O tradicional evento é organizado pela Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo.

 

Treinado pelo professor Marcio Pucco, Odair representou muito bem Eldorado na competição, porém acabou sendo derrotado por pontos, devido uma pequena punição da arbitragem.

 

O Departamento de Esportes de Eldorado vem unindo forças para ampliar o apoio ao Jiu Jitsu e seus atletas. De acordo com Henrique Pupo, Diretor do Departamento, é necessário que outras modalidades passem a ter destaque no município, além do futebol. “Estamos trabalhando para que não só o futebol seja reconhecido e valorizado, mas que o vôlei, atletismo, artes marciais e outras categorias esportivas possam formar, em Eldorado, grandes atletas e cidadãos de caráter”, destacou Henrique.

 

EXPOSIÇÃO SOBRE CARNAVAL DE CANANEIA

Museu Municipal traz Exposição Temporária sobre a história do Carnaval de Cananéia


 
 
 “Carnaval em Cananeia… Uma história de alegria”, o Departamento Municipal de Cultura escolheu essa frase como tema da exposição temporária que se realizará no Museu Municipal Histórico e Artístico Víctor Sadowski, de 25 de fevereiro a 09 de março de 2014. Uma exposição que retratará um pouco da história do Carnaval em Cananeia, com fotos, máscaras de entrudo e outros objetos, depoimentos.

 Além disso, atrações complementares como apresentação das crianças das aulas de dança oferecidas pela Prefeitura e o grupo Vida do Centre de Convivência do Idoso (CCI), Banda Municipal com algumas marchinhas carnavalescas no sábado e domingo de Carnaval, das 16 às 18 horas.

 
Um pouco de história – Cananeia traz em seu carnaval até os dias de hoje as raízes históricas portuguesas: o Entrudo, o Zé Pereira, a Abertura com o Rei Momo com a entrega da chave da cidade, os Blocos de Rua. Essa tradição carnavalesca de ser um carnaval familiar e cultural atraiu milhares de turistas de toda a região e de outros municípios do nosso estado, e até de outros também. Associado ao atrativo especial que é o meio ambiente, com sua paisagem formada de manguezais, golfinhos na baía; acesso a praias, ilhas, cachoeiras e passeios náuticos. Enfim a convivência com todas essas possibilidades e com segurança! Em 2014 não será diferente, nosso carnaval se primará pela alegria, por sua história e cultura, pelo prazer com o convívio com o meio ambiente preservado!

 Vale a pena conferir a programação cultural do Carnaval de Cananéia. Participe!

Show de Vanessa da Mata será a atração do Ilha Verão 2014 no sábado 8/02 no palco da Praia


 

Ilha Verão contará ainda com shows de Vanessa da Mata, Alceu Valença, Diogo Nogueira, Raimundos e David Quinlan.

Ilha Comprida – Os grandes shows do Ilha Verão 2014 prosseguem nesta sexta 31/01, às 23 horas, no palco da Arena de Eventos da Praia do Boqueirão Norte. O Ilha Verão 2014 é uma promoção da Prefeitura da Ilha Comprida com apoio da Caixa Econômica Federal (CEF). Programação:

Fevereiro

Dia 7 – 23h – Diogo Nogueira

Dia 8 – 23 h – Vanessa da Mata

Dia 9 – 21h – DJ/Banda Mundie

Dia 14 – 23h – David Quinlan

Dia 15 – 23h – Alceu Valença

Dia 16 – 21h – DJ/Pura Expressão

Dia 21 – 23h – Raimundos

Dia 22 – 23 h – Alexandre Peixe

Dia 23- 21h – DJ/Marcelo Vox

 
Carnaval

Dia 28/02 – Crystal do Samba

Dias 1, 2 e 3 /03- Crystal do Samba

Prefeitura de Registro realizará concurso público para 110 vagas


 
 
A Prefeitura de Registro publicou nesta terça-feira, 4/02, o edital de Concurso Público para preenchimento de 110 vagas em 53 cargos. O edital foi publicado no Jornal Notícias do Vale e também pode ser acessado no site da Prefeitura (www.registro.sp.gov.br). As inscrições estarão abertas no período de 10 de fevereiro a 11 de março e deverão ser feitas exclusivamente no site www.omegaitu.com.br.

 Os candidatos que não têm acesso à internet poderão fazer a inscrição no Centro de Inclusão Digital (CID) localizado na Praça dos Expedicionários, de segunda à sexta-feira, das 9h às 16h. É preciso levar documento de identidade original.

 O valor da inscrição realizada diretamente via Internet deverá ser paga somente através do boleto bancário disponibilizado no site. A taxa varia de R$ 17 a R$ 42, conforme o grau de escolaridade exigido para os cargos.

 As provas estão previstas para serem realizadas no dia 23 de março, sendo que a confirmação das datas e as informações sobre horários e locais serão divulgadas, oportunamente, através de Edital de Convocação no Jornal Notícias do Vale e no site da Prefeitura.

 O concurso público será realizado para os seguintes cargos: Agente Administrativo, Agente de Vigilância Sanitária, Agente de Combate às Endemias, Agente Organizador de Arquivo, Agente Técnico Fiscal, Analista Contábil, Assistente Social, Atendente Escolar, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Auxiliar de Serviços Gerais (feminino), Auxiliar de Serviços Gerais (masculino), Bibliotecário, Cirurgião Dentista, Contador, Coordenador de Desenvolvimento Infantil, Coordenador Pedagógico, Cuidador Escolar, Cuidador Social, Educador em Saúde Pública, Enfermeiro, Engenheiro em Segurança do Trabalho, Fiscal de Obras e Posturas, Médico Clínico Geral de Atuação e Referência e Atenção a Micro Área de Saúde, Médico do Trabalho, Médico Pediatra de Atuação e Referência e Atenção a Micro Área de Saúde, Merendeira, Motorista, Motorista de Ambulância, Motorista de Caminhão e Basculante, Nutricionista, Operador de Máquinas, Orientador social, Professor de Desenvolvimento Infantil – Nível I, Professor de Desenvolvimento Infantil – Nível II, Professor de Educação Física, Professor de Educação Infantil – Nível I, Professor de Educação Infantil – Nível II, Professor de Ensino Fundamental – Nível I, Professor de Ensino Fundamental – Nível II, Professor substituto de desenvolvimento infantil – nível I, Professor Substituto de Desenvolvimento Infantil – Nível II, Professor Substituto de Educação Infantil – Nível I, Professor Substituto de Educação Infantil – Nível II, Professor Substituto de Ensino Fundamental – Nível I, Professor Substituto de Ensino Fundamental – Nível II, Psicólogo, Supervisor de Ensino, Técnico de Enfermagem, Técnico Desportivo, Técnico em Informática, Técnico em Segurança do Trabalho, Tratorista e Vigia.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Água do Vale do Ribeira só chega à capital em 2018



 
Uma obra da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vai trazer 4,7 mil litros de água por segundo da bacia do Rio Ribeira para a Região Metropolitana de São Paulo, que enfrenta crise no abastecimento. O problema é que o sistema só deve ficar pronto em 2018, dois anos mais tarde que a previsão inicial.

 A captação será feita na represa Cachoeira do França, formada pelo rio Juquiá, entre Juquitiba e Ibiúna, no Vale do Ribeira, a cem quilômetros da capital. A água será bombeada para vencer um desnível de 300 metros na Serra da Paranapiacaba e atenderá 1,5 milhão de moradores de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Vargem Grande Paulista.

 A obra ainda está na fase de instalação dos canteiros. O investimento de R$ 2,2 bilhões será das construtoras Camargo Correa e Andrade Gutierrez, através de contrato de Parceria Público-Privada (PPP) assinado com a Sabesp. O novo sistema será interligado aos que já abastecem a Grande São Paulo. O último a ser criado foi o Alto Tietê, concluído em 1993.

 A falta de chuvas e o calor colocam a capital e a região metropolitana em risco de racionamento. Nesta segunda-feira, 3, o nível do Sistema Cantareira estava em 21,4% da capacidade – há uma semana era de 23,1%. Já o do Alto Tietê caiu de 45,6% para 43,9%. De acordo com a Sabesp, os níveis não param de baixar, quando deveriam subir, já que este é o período de chuvas mais intensas.

Interior
No interior, municípios abastecidos pela Sabesp, no Médio Tietê e na região central do Estado, já enfrentam problemas de abastecimento, mas a companhia ainda não prevê bônus para quem reduzir o consumo. A medida, que prevê desconto de até 30% para quem cortar até 20% no consumo de água, vale apenas para os municípios abastecidos pelo Sistema Cantareira, que atende as regiões central e norte da capital. Isso porque, segundo a Sabesp, os demais sistemas ainda têm reserva de água em nível satisfatório. Na capital, o incentivo valerá deste mês até setembro e será calculado com base na média de consumo dos últimos 12 meses.

 Da Agência Estado

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

CIDADE DO BOM JESUS DA RIBEIRA


          

             Você sabia que Iguape já foi chamada de CIDADE DO BOM JESUS DA RIBEIRA? Vamos conhecer um pouco dessa história. A Vila de Iguape foi elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 17, de 3 de abril de 1849, com o nome de Bom Jesus da Ribeira. Evidentemente, houve protesto por parte da população e das autoridades devido ao novo nome, o que levou a Câmara, então sob a presidência do alferes José Xavier de Almeida e Cruz, a assim se manifestar:

            "Foi também geral o desgosto pela substituição do título primordial de Iguape, pelo de Ribeira, não só porque aquele título foi dado a fundação desta hoje cidade, como porque a fé do povo hé dedicada ao Senhor Bom Jesus de Iguape."

            O padre da nova cidade, José Alves Carneiro, também manifestou seu desagrado pela mudança do nome de Iguape, escrevendo em 1849 no Livro do Tombo que "a mudança de nome de Iguape para da Ribeira foi infundada, muito desgostou o povo desta Paróchia, tanto assim que, a despeito da Lei, se continua a chamar Cidade do Senhor Bom Jesus de Iguape, e assim será sempre chamada."

            Finalmente, no ano seguinte, atendendo aos protestos do povo iguapense, o Governo Provincial, através da Lei nº 3, de 3 de maio de 1850, mudou o nome da cidade para Bom Jesus de Iguape, que a tradição, a partir de então, simplificou para Iguape.

(Do livro "IGUAPE... NOSSA HISTÓRIA" (2000), de Roberto Fortes).

UMA VELHA CRÔNICA – Publicada no jornal Tribuna de Iguape



             HISTÓRIA (MEIO INVENTADA) DE IGUAPE

        Numa propriedade real portuguesa, bem abaixo da linha do Equador, alguns aventureiros desmazelados, aborrecidos por trabalhar muito e ganhar pouco no corte do pau encarnado, safaram-se dos patrões e junto com suas famílias se amoitaram numa praia deserta. Ali, a salvo do comando de reinóis, do risco de piratas e do peso dos cepos de pau, limparam o terreno, levantaram choças e ficaram matando o tempo, no bem-bom. Quando dava na telha, os homens pescavam peixes gordos e plantavam roças anêmicas. Pra matar o tempo, pitavam cigarros de barba-de-pau, enrolados em palha de milho. Quando preciso surravam os filhotes com vara de bambu. As mulheres, cantarolando pela metade músicas arcaicas, lavavam panelas de barro e panos de estamenha e pariam crianças raquíticas, enrugadas e choramingas; os velhos, sentados em tocos de árvores, tiravam baforadas azuladas do pito de barro, cuspinhavam nas formigas marchadeiras e resmungavam.

         Num dia incerto chegou a novidade: a terra não era mais lusitana, agora era castelhana, e ninguém podia continuar caranguejando pelas praias. Os aventureiros mandriões, as mulheres de cocoroque, as crianças de nariz sujo e os velhos rabugentos tiveram que sair da praia e partir para outras bandas, no meio do mato. Caminharam, suaram, praguejaram e, enfim, acharam um lugar pra moradia, atrás de um morro soberbo que tinha uma pedra no meio da fachada, feito olho de gigante, e perto de um rio que vinha de longe. Ali se assentaram, fincaram moirões, levantaram choupanas e tocaram a vida. 

          No correr dos anos, a planura vigiada pelo gigante de olho grande foi-se enchendo de gente e mais gente, que brotava da floresta braba e dos mares sem fim, feito andorinhas no verão. Mas o verão desse povo não era feito de sol quente, e sim de promessas de riqueza: no fundo do rio sonolento, brilhavam tesouros sem fim. E tome ferramentas pra cá e escravos pra lá, e começou a mariscagem de ouro. O lugarejo cresceu, um padre surgiu e decretou: “vila de gente cristã tem que ter igreja!”. Então levantaram a igreja numa praça e todos puderam rezar, batizar os piás e casar no lugar sagrado. Rezaram tanto e tão bem que, por artes milagrosas, a imagem de um Santo poderoso surgiu numa praia distante e foi trazida para a vila. Lavada e entronizada, a imagem se firmou de garantia dos cidadãos, nas suas agruras e combates.

          Isso durou um tempo, até que os homens de peso acharam que a igreja primeira era pequena demais para a importância do Santo milagroso e resolveram construir outra, maior. Assim que o Santo se viu bem tratado, começou a fazer milagres e mais milagres, em favor dos moradores e forasteiros. O ouro do rio, o arroz das roças e mais as providências do Santo fizeram a vila prosperar e tomar jeito. Surgiram casarões de pedra de dois andares, criaram-se clubes e teatros e refinaram-se os costumes.

          Mas, repetindo a desgraça de Babel, junto com o progresso veio o egoísmo, a vaidade e o desentendimento entre o povo e, aí, o Santo milagroso parou de ajudar: o ouro sumiu, o curuquerê comeu o arroz, a manjuba só dá pro gasto, proibiram a colheita do palmito e da cacheta e as querelas políticas fizeram o resto. A cidade de Iguape, com seus teatros, cinemas, indústrias e navios virou coisa do passado. Hoje em dia, a cada nova eleição, o povo reza pro Santo Milagroso, renovando suas esperanças na volta do Paraíso perdido.

 

Vale do Ribeira abriga alguns dos municípios com IDH mais baixos dos estados de SP e PR – DO GOOGLE


 

O Vale do Ribeira não é apenas conhecido por abrigar o maior remanescente contínuo da Mata Atlântica ou por abrigar as maiores concentrações de cavernas calcárias do mundo. A região, localizada entre os estados do Paraná e São Paulo, abriga municípios com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) desses estados.

 Entre as cidades do Vale, estão cidades como Barra do Chapéu e Itapirapuã Paulista que têm IDH menores de 0,65. Para se ter uma melhor ideia do que esse dado significa, é importante lembrar que os cinco estados com maiores IDH no Brasil são, respectivamente, Distrito Federal (0,844), São Paulo (0,814), Rio Grande do Sul (0,809), Santa Catarina (0,806) e Rio de Janeiro (0,802), situando-se na faixa de alto desenvolvimento humano. Todos os demais encontram-se na categoria de médio desenvolvimento humano. Os cinco IDH mais baixos referem-se aos estados de Alagoas (0,633), Maranhão (0,647), Piauí (0,673), Paraíba (0,678) e Sergipe (0,687).

 O conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente, e também do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ele parte do pressuposto de que para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

 Este índice foi criado por Mahbub ul Haq, com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998. O IDH tem como objetivo oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta a longevidade (utilizando números de expectativa de vida ao nascer) e a educação (avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino).

 O IDH é considerado um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas.

 
Confira abaixo os números referentes ao IDH dos municípios do Vale do Ribeira:

 
Apiaí (SP) - 0,716

 
Barra do Chapéu (SP) - 0,642

 
Barra do Turvo (SP) - 0,662

 
Eldorado (SP) - 0,733

 
Iporanga (SP) - 0,692

 
Itaóca (SP) - 0,650

 
Itapirapuã Paulista (SP) - 0,645

 
Ribeira (SP) - 0,677

 
Sete Barras (SP) - 0,731

 
Cerro Azul (PR) - 0,721

 
Adrianópolis (PR) - 0,748

 
Tapiraí (SP) - 0,738

 
Juquiá (SP) - 0,742

 
Itariri (SP) - 0,749

 
Iguape (SP) - 0,757

 
Jacupiranga (SP) - 0,759

 
Pariquera-Açu (SP) - 0,770

 
Cananéia (SP) - 0,775

 
Registro (SP) - 0,777

 
Ilha Comprida (SP) - 0,803

 
Miracatu (SP) - 0,752

 
Pedro de Toledo (SP) - 0,729

 
Cajati (SP) - 0,751
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