O Vale do Ribeira, como muitas outras regiões brasileiras, também sofre o problema do “divisionismo” geográfico. No Brasil, isso acontece não só com relação a municípios como a Estados, como acabamos de assistir, há pouco tempo, na tentativa de dividir o Estado do Pará. Está claro que isso não é um pensamento inconsciente dos cidadãos, mas, de modo geral, o resultado da ambição política ou econômica de candidatos a mandachuvas. Mas estes não agem no vazio. Na maioria das vezes, seu ponto de apoio é a insatisfação dos cidadãos com a administração central.
Por conta dessa tendência, para não dizer mania, temos, no Brasil, municípios com áreas minúsculas, como Santa Cruz de Minas (MG) (2,9 km2) e Águas de São Pedro (SP) 3,6 km2, ou com população irrisória, como Borá (SP) de 795 habitantes, ou Anhanguera (GO) com 895 habitantes. O Vale do Ribeira também seguiu essa tendência, com a imediata divisão de municípios, assim que algum bairro atingiu certo potencial econômico e, com isso, despertou a ambição de cidadãos espertos, que capitalizaram a insatisfação popular a seu favor. Foi o caso mais recente da Ilha Comprida, “filha emancipada” de Iguape, que levou consigo 70% da arrecadação de impostos municipais.
Mas não estamos aqui para “chorar o leite derramado”, embora essa realidade não deva ser ignorada, pois faz mais parte de nossos problemas, do que de suas possíveis soluções. Como é fácil perceber, a criação de um novo município, se por um lado pode dinamizar um novo núcleo populacional, implica em novas despesas com funcionários, prédios e toda a tralha necessária ao seu funcionamento. Não são poucos os casos de municípios brasileiros que vivem de ajuda estadual ou federal, porque sua arrecadação não é suficiente para pagar seus mandatários e funcionários.
Mas não estamos aqui para “chorar o leite derramado”, embora essa realidade não deva ser ignorada, pois faz mais parte de nossos problemas, do que de suas possíveis soluções. Como é fácil perceber, a criação de um novo município, se por um lado pode dinamizar um novo núcleo populacional, implica em novas despesas com funcionários, prédios e toda a tralha necessária ao seu funcionamento. Não são poucos os casos de municípios brasileiros que vivem de ajuda estadual ou federal, porque sua arrecadação não é suficiente para pagar seus mandatários e funcionários.
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