Acesso à
profissionalização, inserção em programas sociais municipais e criação de um
ambiente de confiabilidade são ações do Projeto Novas Ondas, que tem a meta de
incentivar os jovens a reescreverem sua história e a enxergar novas
possibilidades na vida. Com idade entre 13 e 18 anos, os jovens atendidos pelo
Novas Ondas foram encaminhados pelo Poder Judiciário, em medidas
socioeducativas. Atualmente, oito adolescentes fazem parte das atividades.
Desde que foi criando, em 2011, o projeto – que tem capacidade para atender até
25 jovens – já atendeu 38 adolescentes.
A técnica
responsável pelo atendimento socioeducativo, Ana Claudia Rodrigues de Aguiar,
que é assistente social, explicou que o Novas Ondas tem contribuído para que os
jovens retornem à escola, obtenham documentos pessoais e visualizem novas
oportunidades profissionais. Para isso, além de orientação e apoio, os
adolescentes frequentam as aulas da oficina de mecânica básica de bicicletas,
com o oficineiro Decio Villas Boas. “Os alunos são assíduos e têm comportamento
consciente sobre a importância da capacitação para o mercado de trabalho“,
afirmou a técnica Ana. Na oficina, eles também trabalham com a recuperação de
cadeiras de rodas dos postos de saúde do município.
“Mediante o
acolhimento e aceitação deste adolescente, são oferecidas oportunidades de
mudança, de resgate da aproximação entre os membros da família, de reinserção
na escola e a oferta de uma vivência grupal que leva a uma reflexão sobre
valores e conceitos”, explica Ana Cláudia. Visitas mensais ao projeto são
feitas pelo Juiz da Vara de Infância e Juventude, para correição e supervisão.
O Projeto conta com apoio dos Departamentos de Educação, CRAS, Conselho
Tutelar, Departamento Municipal de Assistência Social, Ministério Público e
Judiciário.
Família – Os
familiares dos adolescentes também são atendidos e acompanhados pelo Novas
Ondas. Nos encontros, eles falam sobre suas dificuldades, expectativas e medo
de não saber lidar com o comportamento dos filhos. “Acreditamos que o projeto
contribui na área social ao mostrar à sociedade que o adolescente em medida
socioeducativa – que teve seus direitos violados em razão de sua própria
conduta – tem a oportunidade de demonstrar suas potencialidades rumo a um
futuro diferente e melhor”, explica Ana Cláudia.
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