quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Projeto Novas Ondas reescreve história de jovens da Ilha


Acesso à profissionalização, inserção em programas sociais municipais e criação de um ambiente de confiabilidade são ações do Projeto Novas Ondas, que tem a meta de incentivar os jovens a reescreverem sua história e a enxergar novas possibilidades na vida. Com idade entre 13 e 18 anos, os jovens atendidos pelo Novas Ondas foram encaminhados pelo Poder Judiciário, em medidas socioeducativas. Atualmente, oito adolescentes fazem parte das atividades. Desde que foi criando, em 2011, o projeto – que tem capacidade para atender até 25 jovens – já atendeu 38 adolescentes.

A técnica responsável pelo atendimento socioeducativo, Ana Claudia Rodrigues de Aguiar, que é assistente social, explicou que o Novas Ondas tem contribuído para que os jovens retornem à escola, obtenham documentos pessoais e visualizem novas oportunidades profissionais. Para isso, além de orientação e apoio, os adolescentes frequentam as aulas da oficina de mecânica básica de bicicletas, com o oficineiro Decio Villas Boas. “Os alunos são assíduos e têm comportamento consciente sobre a importância da capacitação para o mercado de trabalho“, afirmou a técnica Ana. Na oficina, eles também trabalham com a recuperação de cadeiras de rodas dos postos de saúde do município.

“Mediante o acolhimento e aceitação deste adolescente, são oferecidas oportunidades de mudança, de resgate da aproximação entre os membros da família, de reinserção na escola e a oferta de uma vivência grupal que leva a uma reflexão sobre valores e conceitos”, explica Ana Cláudia. Visitas mensais ao projeto são feitas pelo Juiz da Vara de Infância e Juventude, para correição e supervisão. O Projeto conta com apoio dos Departamentos de Educação, CRAS, Conselho Tutelar, Departamento Municipal de Assistência Social, Ministério Público e Judiciário.


Família – Os familiares dos adolescentes também são atendidos e acompanhados pelo Novas Ondas. Nos encontros, eles falam sobre suas dificuldades, expectativas e medo de não saber lidar com o comportamento dos filhos. “Acreditamos que o projeto contribui na área social ao mostrar à sociedade que o adolescente em medida socioeducativa – que teve seus direitos violados em razão de sua própria conduta – tem a oportunidade de demonstrar suas potencialidades rumo a um futuro diferente e melhor”, explica Ana Cláudia.

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