domingo, 4 de agosto de 2013

“AS CHAMADAS ELITES”


Abaixo, o trecho de um artigo de Roberto Amaral, publicado na revista “Isto é” e a nós repassado por amigos:

“Mas as chamadas ‘elites’ brasileiras (o melhor termo é ainda ‘classes dominantes’) não gostam do Mercosul; os EUA não gostam da ideia de nossa integração regional (também não gostam da ideia de o país ter um programa espacial autônomo, também não gostam da ideia de reequipamento de nossos forças armadas, também não gostam de nossa presença no Conselho de Segurança da ONU, não gostam disso nem daquilo; gostam dos negócios que começam a fazer na exploração do pré-sal, diariamente denunciados pela Associação dos Engenheiros e Técnicos da Petrobras. Eles não desistiram da Alca e tentam implantá-la sorvendo a sopa pelas bordas, por meio de acordos biliterais com nossos vizinhos e agora pinçando-nos com a Aliança do Pacífico...”

VAMOS POR PARTES:

“Mas as chamadas ‘elites’ brasileiras” (o melhor termo é ainda ‘classes dominantes’)”.... “Chamadas” por quem? Autointituladas? Rotuladas em função de regulamentos legais? Assim denominadas pelo povo? Mas o povo tem linguagem própria, autogerada, ou aprendeu-a na escola, com os pais, com os vizinhos? Enfim, o autor do artigo, respeito lhe seja concedido, inventa um conceito ‘elites brasileiras” e, logo após, embora não saibamos do que se trata, ele já lhes atribui um gosto ou modo de ser “não gostam do Mercosul”. Não dá para entender. Eu sempre achei que os negócios do Mercosul eram de grande porte, só empreendidos entre grandes empresas, cujos donos, presumivelmente, não moram nas favelas, mas em palacetes. 

Então, quem são esses tais das elites, que não gostam dos próprios negócios? “(o melhor termo é ainda ‘classes dominantes’)” – Ah! As elites são as classes dominantes. As classes dominantes que eu conheço, no momento, são os sindicalistas ligados ao PT. São eles que estão ditando as Leis, no Brasil, ligados aos Sem-Terra (estes invadem fazendas, destroem plantações, afinal, são inteiramente dominantes, pois nunca vão para a cadeia por seus mal-feitos – como se dizia, antigamente, dos coronéis). 

Outro grupo das classes dominantes são os índios, chamados na intimidade de “intocáveis”. Ninguém pode bater num índio, expulsá-lo de uma fazenda invadida, a não ser por ordem da Justiça, não antes de bagunçá-la. Enfim, a classe dominante tem muitas ramificações, mas não é difícil de ser caracterizada: são aqueles que pouco fazem, têm muitos privilégios (se bem que, às vezes, exageram um pouco, e são contidos, como a turma do “mensalão”).


Enfim, o que eu queria dizer é que o artigo em questão, onde se levantou o termo “classes dominantes” ou “elites” tem muita coisa para se discutir, discordar ou concordar. Mas se ele começa por essas vaguidades de “classes dominantes” dá um desânimo danado. Como discutir sobre um estamento social mal caracterizado, mal definido? O autor não “dá nome aos bois!”, mas apelidos provisórios, que, afinal, acabam definitivos, depois que a gente embarcou na canoa dele. Assim não dá!

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