sábado, 10 de agosto de 2013

PRESTÍGIO E ADMINISTRAÇÃO


Leio, no Blog do Josias, que a presidente aumentou seu percentual de aprovação pública, de 30 para 36%. Quer dizer, por uma questão de opinião, de passeatas, de notícias as mais diversas, o prestígio de um governante (podem colocar aqui, presidentes, governadores, prefeitos, etc.) desce e sobe, como se fosse uma ação, na Bolsa. E, afinal de contas, as eleições são decididas em cima desse prestígio vacilante, como se a competência do político pudesse ser medido pela percentagem de sua aprovação momentânea, pelo público eleitor.

Esse é um dos problemas insolúveis da Política. Ninguém, no mundo político, se elege pela sua competência, mas pelo seu prestígio. Para entrar num emprego que exige competência, exige-se um concurso, um teste, uma amostra de realizações anteriores, uma certificação, enfim, de que a pessoa está apta para suas funções. Mas o prestígio não é função da competência, revelada por atos passados? Que bom que assim fosse. Quem elege não é um perito nas engrenagens da governabilidade, mas o homem do povo, que faz valer seu direito de cidadão, escolhendo os administradores segundo sua opinião, que vacila pelo contato com a propaganda, pelas amizades, pela esperança em ganhos pessoais, um emprego, uma bolsa-família, uma Lei para sua categoria profissional.


Há alternativas para isso? Infelizmente, não! A democracia foi uma invenção ou descoberta que não encontrou rival, no universo do poder. Ficamos à mercê da casualidade que simpatias e prestígios dos escolhidos para o poder coincidam para a sua própria competência. Quando isso dá certo, vai tudo bem; quando não dá, pagamos o preço de nossas escolhas.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...