O
produtor Riogo Amaya é dono da única usina de fabricação de chá preto do Vale
do Ribeira que resistiu à crise no setor. Na última safra, a fábrica produziu
1,2 mil toneladas de chá. “Esse ano (2012) vamos fabricar em torno de 200
toneladas”, diz.
A
década de 80 é considerada a época de ouro do chá preto no Vale do Ribeira,
onde havia sete fabricantes e mais de 1,5 mil produtores da cultura. Hoje, há
apenas a fábrica de Amaya, que recebe matéria prima de apenas quatro produtores.
Isso faz com que as máquinas fiquem cada vez mais tempo paradas. O alto custo
de produção torna difícil encarar a concorrência do mercado internacional.
Um
imigrante japonês começou a plantar chá em Registro em 1935. As mudas trazidas
na época são preservadas pela família do imigrante como um símbolo da
importância do cultivo. O ex-produtor Luiz Antônio Penteado, que teve plantação
de chá por 15 anos, credita a decadência do plantio à valorização do real na
década de 90.
Na
antiga rota do chá em Registro ficaram fábricas fechadas e plantações perdidas.
A única usina aberta está com os dias contados. Justamente quando a produção do
Brasil é pequena e não tem como atender o mercado externo, os principais
produtores mundiais enfrentam problemas climáticos. O Quênia perdeu parte da
produção por causa da seca e a Índia por causa das enchentes.
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