quinta-feira, 3 de julho de 2014

O QUE ACONTECEU COM O CHÁ DO VALE DO RIBEIRA?



 
A respeito desse assunto, temos algumas informações no “Posted de 3/10/2012”, que transcrevemos abaixo:

 
A região do Vale do Ribeira era uma importante produtora de chá preto. Várias indústrias se instalaram pelo lugar para processar as folhas. Mas hoje é raro encontrar agricultores que se dediquem à cultura e a última fábrica em atividade já pensa em fechar as portas.

 

O produtor Riogo Amaya é dono da única usina de fabricação de chá preto do Vale do Ribeira que resistiu à crise no setor. Na última safra, a fábrica produziu 1,2 mil toneladas de chá. “Esse ano (2012) vamos fabricar em torno de 200 toneladas”, diz.

 

A década de 80 é considerada a época de ouro do chá preto no Vale do Ribeira, onde havia sete fabricantes e mais de 1,5 mil produtores da cultura. Hoje, há apenas a fábrica de Amaya, que recebe matéria prima de apenas quatro produtores. Isso faz com que as máquinas fiquem cada vez mais tempo paradas. O alto custo de produção torna difícil encarar a concorrência do mercado internacional.

 

Um imigrante japonês começou a plantar chá em Registro em 1935. As mudas trazidas na época são preservadas pela família do imigrante como um símbolo da importância do cultivo. O ex-produtor Luiz Antônio Penteado, que teve plantação de chá por 15 anos, credita a decadência do plantio à valorização do real na década de 90.

 

Na antiga rota do chá em Registro ficaram fábricas fechadas e plantações perdidas. A única usina aberta está com os dias contados. Justamente quando a produção do Brasil é pequena e não tem como atender o mercado externo, os principais produtores mundiais enfrentam problemas climáticos. O Quênia perdeu parte da produção por causa da seca e a Índia por causa das enchentes.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...