quarta-feira, 4 de setembro de 2013

COMUNICADO


 

Ontem, a Câmara dos Deputados decidiu manter o mandato de um deputado condenado e já preso por roubar 8 milhões de reais dos cofres públicos. Essa decisão insana nunca teria acontecido se os votos dos deputados fossem públicos! Vamos fazer desta a última vez em que o sistema duvidoso de votação secreta foi usado para resgatar um parlamentar corrupto!

COMENTÁRIO

Não vejo como aplaudir, mas sim, como lamentar, este comunicado. Então é preciso que um deputado se veja exposto, publicamente, para que possa votar com honestidade? O fato, aliás, os fatos, em si, já são escabrosos. Primeiro um deputado roubar 8 milhões dos cofres públicos! Segundo, ter seu mandado mantido. No primeiro caso, será que esse político foi sempre uma pessoa certinha, correta, e, de repente, virou um marginal? Duvido. Em segundo lugar, seus colegas  mostraram que, se ninguém estiver olhando, eles são capazes de qualquer coisa, inclusive roubar, já que não acham isso imoral.

Mas eu continuo na minha convicção: o verdadeiro culpado é o eleitor. Ingenuidade, ignorância não são desculpas. Se não se julga capaz de escolher para um posto político alguém que preste, não vote. O comparecimento às urnas é obrigatório, mas escolher um nome para seu voto, não é. Mas, estou falando de um eleitor ideal. Já apontei, em outro local, a origem da desonestidade entre os políticos: a desonestidade de muitos eleitores. Nunca teremos um Parlamento honesto enquanto tivermos um povo de comportamento ambíguo.                         

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