Nos últimos meses, oito agências bancárias foram
atacadas por quadrilhas especializadas em roubos a caixas eletrônicos, no Vale
do Ribeira. Apenas na semana passada foram duas ocorrências. Os principais
alvos dos criminosos são os caixas instalados nas agências. Durante o dia, as
câmeras, os vigilantes armados e as portas giratórias ajudam a inibir a ação
dos meliantes, mas durante a madrugada eles agem com ousadia. Em quatro meses,
foram oito ataques em cidades que ficam em um raio de 100 quilômetros: dois em
Eldorado, dois em Itariri, dois em Miracatu, um em Cajati e um em Sete Barras.
Em um dos últimos ataques, na semana passada, toda a
ação foi gravada por câmeras de monitoramento. Nove homens armados com pistolas
e fuzis chegaram em dois carros e explodiram os caixas eletrônicos de uma
agência, no Centro de Sete Barras. Durante a fuga, atiraram contra um carro da
Polícia Militar. As investigações apontam que a quadrilha é de Campinas (SP).
Um veículo abandonado foi encontrado perto de Miracatu e um dos ladrões, que
estava escondido no mato, foi preso. Oito continuam foragidos.
Segundo a Polícia Civil, a proximidade com a Rodovia
BR-116 facilita a ação dos ladrões, que vêm principalmente do Estado do Paraná
para atacar no Vale do Ribeira. Eles preferem os municípios pequenos, que têm
poucos policiais. “Eles têm praticamente um domínio da cidade para poderem
praticar essas ações. Tem menos polícia, que também não está prevenida para um
caixa eletrônico específico. Geralmente, o caixa é abastecido com muito
dinheiro, porque o carro forte vai em cinco, seis cidades para haver uma
economia de custo para o banco. Eles os abastecem com mais dinheiro, o que
facilita essas ações”, explica o diretor da Polícia Civil da região Aldo
Galiano Júnior.
Para Galiano, o sucesso no combate a esse tipo de crime
depende de dois fatores. “Precisamos da integração das várias polícias:
Militar, Rodoviária Federal, polícias estaduais e Polícia Federal; e um
trabalho de inteligência de compartilhamento de informações, entre todos esses
órgãos. Assim, nós teremos condições de combater com eficácia o crime
organizado”, diz. Por meio de nota, a Polícia Militar afirma ter intensificado
o policiamento no Vale do Ribeira. Além disso, têm sido feitas operações para
combater a venda e comercialização ilegal de dinamite.
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