segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Cresce número de roubos a caixas eletrônicos no Vale do Ribeira



Nos últimos meses, oito agências bancárias foram atacadas por quadrilhas especializadas em roubos a caixas eletrônicos, no Vale do Ribeira. Apenas na semana passada foram duas ocorrências. Os principais alvos dos criminosos são os caixas instalados nas agências. Durante o dia, as câmeras, os vigilantes armados e as portas giratórias ajudam a inibir a ação dos meliantes, mas durante a madrugada eles agem com ousadia. Em quatro meses, foram oito ataques em cidades que ficam em um raio de 100 quilômetros: dois em Eldorado, dois em Itariri, dois em Miracatu, um em Cajati e um em Sete Barras.

Em um dos últimos ataques, na semana passada, toda a ação foi gravada por câmeras de monitoramento. Nove homens armados com pistolas e fuzis chegaram em dois carros e explodiram os caixas eletrônicos de uma agência, no Centro de Sete Barras. Durante a fuga, atiraram contra um carro da Polícia Militar. As investigações apontam que a quadrilha é de Campinas (SP). Um veículo abandonado foi encontrado perto de Miracatu e um dos ladrões, que estava escondido no mato, foi preso. Oito continuam foragidos.

Segundo a Polícia Civil, a proximidade com a Rodovia BR-116 facilita a ação dos ladrões, que vêm principalmente do Estado do Paraná para atacar no Vale do Ribeira. Eles preferem os municípios pequenos, que têm poucos policiais. “Eles têm praticamente um domínio da cidade para poderem praticar essas ações. Tem menos polícia, que também não está prevenida para um caixa eletrônico específico. Geralmente, o caixa é abastecido com muito dinheiro, porque o carro forte vai em cinco, seis cidades para haver uma economia de custo para o banco. Eles os abastecem com mais dinheiro, o que facilita essas ações”, explica o diretor da Polícia Civil da região Aldo Galiano Júnior.


Para Galiano, o sucesso no combate a esse tipo de crime depende de dois fatores. “Precisamos da integração das várias polícias: Militar, Rodoviária Federal, polícias estaduais e Polícia Federal; e um trabalho de inteligência de compartilhamento de informações, entre todos esses órgãos. Assim, nós teremos condições de combater com eficácia o crime organizado”, diz. Por meio de nota, a Polícia Militar afirma ter intensificado o policiamento no Vale do Ribeira. Além disso, têm sido feitas operações para combater a venda e comercialização ilegal de dinamite.

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