terça-feira, 29 de abril de 2014

PSICOLOGIA E SAÚDE COMUNITÁRIA


 

        Nem sempre é possível a gente seguir o noticiário sobre tudo que acontece ou se faz, mesmo em comunidades simples e pacatas, como aquelas do Vale do Ribeira de Iguape. Por acaso, caiu-me nas mãos um Caderno de Resumos, onde estão anotações sobre o II Seminário de Pesquisa do Vale do Ribeira. Trata-se de uma série de conferências realizadas em 2005, sob o patrocínio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo. Espero ter oportunidade, mais tarde, de esmiuçar os temas tratados nesse seminário, mas gostaria, desde já, de anotar aqui alguns assuntos tratados numa das sessões desse seminário.

        Vamos, no momento, apenas nos reportar a uma pesquisa: “Vulnerabilidade dos jovens do litoral sul de SP e RJ às DST/Aids, exploração sexual e uso abusivo de álcool e drogas ilícitas. Um estudo em Iguape/SP e Paraty/RJ”. Autores: Alessandro de Oliveira dos Santos e Cely Regina Batista.

 
RESUMO DAS PESQUISAS:

- Poucos estudos descrevem impactos negativos do turismo sobre a saúde. Os turistas estão expostos às enfermidades devido ao incremento da produção de lixo, ingestão de bebidas e alimentos contaminados, falta de higiene nos centros de banho, envolvimento sexual com moradores das comunidades visitadas. A mudança de costumes dos moradores devido ao turismo contribui para a perda do sentimento de pertença ao território e para a mercantilização das tradições. Entre os novos tem sido constatado um efeito demonstração, com essa população adotando estilos de vida característicos dos turistas. Esse quadro tem contribuído para o aumento da vulnerabilidade dos jovens nativos às DST/Aids, à exploração sexual e ao uso abusivo de álcool e drogas ilícitas. Pois, é principalmente dos jovens nativos que os turistas tentam comprar o sexo e drogas. Produzir um conhecimento capaz de inspirar o trabalho de educação em saúde nas comunidades anfitriãs do turismo brasileiro tem sido um desafio para a equipe de pesquisadores autora desse projeto que, desde 1998, participa de iniciativas de prevenção em um curso de monitores ambientais no Litoral Sul de SP e RJ. O objetivo dessa pesquisa é levantar, descrever e comparar cenas de relacionamento afetivo e sexual, exploração sexual e uso abusivo de álcool e drogas ilícitas, relatadas por monitores de Iguape (SP) e Parati (RJ). A noção de “cena” tem sido empregada em outros trabalhos para coletar dados e, ao mesmo tempo, operacionalizar programas de educação em saúde que tem como referência a noção de vulnerabilidade.

 
NB.: Em outro espaço e outra ocasião, vamos tentar aprofundar mais o conhecimento desses estudos sobre nossa região.

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