No meio dessa barafunda em
que está o Brasil, amigos e colegas se digladiam em suas posições políticas,
querendo se posicionar no momento da pátria, ao mesmo tempo que tentam colocar
seus aliados e desafetos em lugares escolhidos de modo subjetivo. Assim, os que
defendem o Governo apontam armas verbais para os “tucanalhas”, enquanto os que
lhe são contrários falam em “petralhas”. Uns e outros, como se vê, generalizam
sua análise, pintando o adversário ideológico como inimigo, não como um
parceiro de discussão.
Dessa
maneira, como é fácil observar, difícil se torna o entendimento. Na verdade,
Governo é uma palavra vaga. Prefeito? Governador? Presidente? Câmara? Senado?
Não se deve generalizar, para benefício da compreensão das coisas. Muitos
daqueles que estão ao lado do Poder estão certos, outros errados. É fácil
perceber que, mesmo entre eles, há divergências, troca de posições,
esclarecimentos. Tal como em qualquer grupo de pessoas que são capazes de
pensar. Com diz um humorista “quem fica parado é poste”. O pensamento não é um
poço de água estático, mas uma corrente em movimento. Podemos ter uma opinião
hoje e outra posição amanhã. Tudo depende da sequência dos acontecimentos.
Então,
enquanto as coisas caminham, e no momento elas caminham bem depressa, vamos
continuar discutindo e buscando ideias, porque não há outro procedimento mais
produtivo que esses, caminhar e trocar ideias, para resolver, ou, pelo menos,
entender e tomar posições, no trato da coisa pública, como aliás no trato de
qualquer outra coisa no universo do humano.
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