Pão e jogos circenses, era
assim que os mandatários romanos controlavam a plebe. Traduzido para a linguagem moderna, temos
bolsa-família e futebol. Esse foi o grande programa lulista para o Brasil. Nada
de trabalho, produção, melhoria de vida nas cidades, nas rodovias, na saúde
pública. Tudo era questão de controlar a massa de necessitados, vale dizer,
captar os votos daqueles que dependiam de um programa governamental. Bastava
para isso, demonizar os adversários, dizer que se estes ganhassem as eleições,
acabariam com a esmola governamental.
30 milhões de pessoas
estão penduradas nos cofres governamentais, por conta desses programas de
ajuda. É um potencial de votos imbatível. Por isso tantas vitórias nas urnas. E
continuaria assim, se uma parte da população mais lúcida não acordasse e
protestasse nas ruas, embora sem mencionar com clareza seus objetivos, para que
os malandros sitiados nos escaninhos da administração pública não usassem suas
palavras para argumentar que a revolta era contra o povo, não contra o mau uso
dos recursos públicos.
Mas, durante o movimento,
iniciado pela fagulha dos preços de passagem de ônibus, ficou claro para os
manifestantes que a preocupação com o luxo dos estádios, a atenção exagerada
por uma competição esportiva era seu alvo. Então, escancarou-se o engodo
governamental com tantos programas frustrados, PACs etc. que, como a euforia
das competições esportivas serviam para mascarar um programa governamental de
exploração da ingenuidade popular.
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