domingo, 17 de novembro de 2013

NÃO VAMOS NOS PRECIPITAR



Não vamos nos precipitar. A prisão dos “mensaleiros” não é o início de uma nova fase da política brasileira. Foi um incidente, para os “tais” um acidente de percurso, mas não passa disso. A civilização não se faz num ano, nem numa década, é o resultado de muita história, muito esforço, não só das autoridades, dos professores, mas de todos os cidadãos. Não vai ser porque um ladrão foi pego no ato que vai haver rebuliço no mundo do crime. Os outros sempre vão achar, que o que aconteceu de “importante” ou de “errado”, não foi o crime, mas o “ser pego no flagra”.

Eu falei acima do “esforço” de todos, para chegarmos à civilização. Tenho que complementar: se não mudarem os meios de produção, nem uma “Teresa de Calcutá” fará o milagre de uma mudança moral, em nosso povo. “Meios de produção”, aqui, talvez não esteja bem aplicado, mas é um conceito marxista que pode se ajustado a situação sociais. Só para dar um exemplo fácil, embora isso exija um esforço mental para adaptação à realidade, se o sujeito tiver que carregar uma pedra de cem quilos, com o próprio esforço, ele tentará mil artifícios, inclusive desonestos, para evitar um desgaste monumental de suas forças. Se lhe derem um carrinho, ele agirá mais “honestamente”, em seu trabalho, pois isso não exige artifícios maiores. Se isso se repetir, sua mente se acostumará mais com o trabalho do que com o “jeitinho”.

Lula, não esses “paus mandados”, o verdadeiro mentor do mensalão, estava “carregando uma pedra muito pesada”, no sentido de que precisava provar ser um “grande homem”, apesar de não ser rico. Espanto? É isso aí: o sujeito precisa ser rico para acreditarem nele. Ninguém quer ouvir discursos de gente pobre. Nós tivemos Adhemar de Barros, Maluf e outros delinquentes, que nunca foram presos, apesar de todo mundo saber que roubavam descaradamente. Mas eles eram ricos, já de berço, já antes de entrarem na política. Então sempre foram respeitados e seus atos praticamente ignorados, apesar de praticamente “públicos”. Lula, não. Além de ignorante, iletrado, começou de “baixo”, como um atiçador de greves, que se dizia o “redentor” do povo pobre. Sua estratégia, então, foi distribuir dinheiro: dos impostos para o “bolsa-família”, dos Bancos para os amigos “mensaleiros”. Ele não foi acusado, porque se tornou uma espécie de “santo” (embora do pau oco) dos pobres. Mas todo mundo sabe que José Dirceu era seu “ajudante de ordens”. Só as pessoas mais esclarecidas acreditam nessa verdade. Para os pobres, que veneram santos, Lula vai continuar sendo o “padinho Ciço” do Brasil.

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