Nesta
terra de Deus, hai coisa de arripiá o cristão. Magine mecê que eu tava andando
na tigüera, aburrido, desacorçoado pela farta de caça, quano vi um tatetinho
manero, se enrolando na guanxuma e intão arresorvi pegá ele vivo memo, pra
despois matá e pelá em casa.
Me encolhi detrás do mato e fui devagar, negaceando, pra me
achegá em riba do bicho mas, quano quis dá o bote, levei um trompaço tão forte
na apá, que quaje me virei num cambopé, antes de me dá conta do que havera
acontecido. Atabaloado de cagaço, vi o baita tateto-mãe que tinha me dado um
baque, e agora a danhisca abracava o tatetinho pelo cangote e fincava o pé,
chispando pro mato. No relance, achei que dava tempo de garrá o bichinho e,
quem sabe, caçá tamém a mãe que me afrontó, mas um criqué me amoleceu o coração
e me siguró, e eu fiquei ali, abestado, de croca, vendo aquele acocamento de
mãe e fio carecido, ora seja por caridade, aquela querença boa, garrei a lembrá
os dengo que a falicida tinha coa gente, veio até ágoa nas vista, sinti por
dentro aquele maciamento dos nervo e dexei os bichinho se escafederem, que eu
sô homem de fé e sintimento, não sô arrenegado, um desgracento, não ia procedê
a essa marvadeza, memo coa larica que tava. É essa a estória.
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