terça-feira, 17 de junho de 2014

APÓLOGO


 

               A Forma de Ver as Coisas

 
        Certa vez, um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Ele acordou assustado e mandou chamar um sábio para que interpretasse o sonho.

        "Que desgraça, senhor!", exclamou o sábio. "Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade!"

        "Mas que insolente!", gritou o sultão. "Como se atreve a dizer tal coisa?!"

        Então, ele chamou os guardas e mandou que lhe dessem cem chicotadas.

Mandou também que chamassem outro sábio para interpretar o mesmo sonho.

O outro sábio chegou e disse:

        "Senhor, uma grande felicidade vos está reservada! O sonho indica que ireis viver mais que todos os vossos parentes!”

        A fisionomia do sultão se iluminou, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao sábio. Quando este saía do palácio, um cortesão perguntou ao sábio:

        “Como é possível”? A interpretação que você fez foi a mesma do seu colega!!! No entanto, ele levou chicotadas, e você, moedas de ouro!"

        Respondeu, então, o sábio:

        "Lembre-se sempre, amigo, tudo depende da maneira de dizer as coisas...”

        Esse é um dos desafios em nossos relacionamentos. Desafio para as lideranças, para os educadores, para todos nós: a maneira de dizer as coisas, porque as palavras têm força, têm poder. Elas podem gerar felicidade ou desgraça, moedas de ouro ou chicotadas, paz ou guerra. A verdade deve ser dita, mas a forma como é feita pode fazer toda a diferença.

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