quarta-feira, 25 de junho de 2014

BOLSA-FAMÍLIA E VOTO POPULAR


 

 

        O programa “Bolsa-família” é uma continuação-ampliação, do programa “Bolsa-Escola”, instituído no governo Fernando Henrique Cardoso. A continuação é virtuosa, mas sua ampliação é viciosa: acabou sendo uma moeda de troca de dinheiro por votos, o que vicia todo o processo democrático de escolha de dirigentes. Hoje, quem domina o conjunto, ou parte do conjunto, dos bolsistas de uma cidade, está com seus votos garantidos, seja para vereador, prefeito, deputado ou senador.

        A ideia do “Bolsa-escola” era substituir por dinheiro o trabalho do menor, numa família carente, que precisava desse trabalho para sobreviver. O Bolsa-família não tem direção certa. É só “provar” sua necessidade, o que não é difícil, quando se conta com um político amigo, mesmo com má-fé do lado de quem pede. Acabou sendo uma moeda de troca para os votos, aos políticos desonestos.  

        O programa bolsa-família comprovou uma verdade simples, que qualquer candidato a vereador dos “rincões” conhece: uma grande parte do voto democrático não é conquistada pelos programas defendidos ou pela excelência pessoal dos candidatos; é “comprado” em moeda corrente no país. Esse é um dos “pés de barro” de nossa democracia.

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