segunda-feira, 16 de junho de 2014

O DRAMA DO VALE DO RIBEIRA - A


 

        Ninguém, que tenha um mínimo de bom senso, se põe a trabalhar em busca de um objetivo, seja uma excursão pela floresta, uma viagem pelas águas, uma construção ou um início de estudos, sem antes parar para pensar nas metas, nos processos, enfim, tentar garantir algum sucesso em seu empreendimento.  

        Será que os administradores que assumem o poder político, nas comunidades em geral, preocupam-se com isso? Aparentemente, sim, na verdade, não! O que se vê, de modo geral, tanto nas campanhas políticas como nos acertos de gabinete, é, no primeiro caso, o exercício do convencimento do eleitor, um trabalho que está longe das realidades a serem enfrentadas, porque o eleitor também não pensa nestas, mas em objetivos genéricos fixados em discursos estereotipados. Quanto aos acertos de gabinete, na maioria das vezes são feitos para acomodar interesses pessoais.

        Esse procedimento não é característico de alguma região administrativa, em especial, mas é o modo genérico como ocorrem as coisas, em nível político, em qualquer parte do mundo. O problema é que nem todas as regiões administrativas têm as mesmas necessidades, aguardam pelas mesmas providências. Nas regiões de economia dinâmica, o que espera dos governantes é que não atrapalhem o processo que já está em andamento; no caso das regiões pobres, como o Vale do Ribeira, o que se espera é um programa que mude sua circunstância, que encontre um rumo para suas dificuldades.

        Algum político, em nossas cidades do Vale do Ribeira, por acaso apresentou um projeto de governo que escape das habituais promessas “vamos buscar recursos no governo estadual e federal”, “vamos trazer o progresso para nossa cidade e região”, etc.? Há muitas maneiras de se definir o estado de penúria, numa cidade, região ou país, mas a mais segura é a comparativa. Quando todos estão mal, não há porque se queixar de si, mas quando percebemos as diferenças entre as várias comunidades, sendo que a nossa está defasada “para baixo”, então não há como escapar do mal-estar.

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