NOTA:
O fato se deu lá
por Brasília, mas é de nosso interesse, neste rebordo inferior do Estado de São
Paulo, porque também somos Brasil e temos índios aculturados por aqui, pedindo
dinheiro e vendendo palmito na feira – o que é proibido aos brancos.
Notícia de ontem: Grupo
de índios tenta invadir Palácio do Planalto
Aos gritos de "Dilma
assassina", representantes de diferentes etnias tentaram nesta
quinta-feira (18) invadir o Palácio do Planalto. De mãos dadas, eles cantam e
cercam o local de trabalho da presidente Dilma Rousseff, que viajou para o Peru
para participar de reunião extraordinária da Unasul em Lima. O encontro foi
convocado para discutir os questionamentos sobre a legitimidade da votação que
deflagrou uma crise política na Venezuela.
Munidos de tambor e chocalho (e também
de relógios de pulso e anéis – mas isso não interessa à notícia), os índios
pedem a revisão e demarcação de terras. Protestam também contra as mortes de
etnias (tiveram aulas de Antropologia, na USP, certamente!). "A ideia é
que Dilma atenda a gente. Ela nunca nos recebeu para conversar", disse
Inácio Shanenawa, do Acre. "Não queremos invadir o Palácio, mas queremos
ver a presidente, ou que ela se manifeste a nosso respeito. Só vamos sair
quando tivermos uma audiência marcada com Dilma", diz Neguinho Trucá
(apelido típico do bairro boêmio da Lapa, no Rio de Janeiro), de Pernambuco,
afirmando que representantes dos índios já se reuniram com 12 ministros e que
eles prometeram colocá-los em contato com a presidente, mas o encontro ainda
não aconteceu.
A Polícia Militar estima que cerca
de 400 manifestantes estejam na porta do Palácio do Planalto. Seguranças
protegem a entrada e fecharam a porta principal do Planalto, onde os índios se
concentraram.
NB: Talvez um antropólogo pudesse fazer uma apreciação mais
aprofundada desse fenômeno de índios reivindicantes. Do meu escritório de
observação, e com meus parcos conhecimentos de Etnologia, não consigo ir além
de umas poucas considerações:
1-
Será que aquelas índias de saias e sutiãs conservam alguma
coisa, não digo da Iracema de José de Alencar, mas pelo menos daquelas cunhãs,
que, atravessavam os matos, carregavam o filho num braço e um porrete no outro,
para se defender de bichos perigosos?
2-
Será que aqueles índios de cocares mal confeccionados, com penas
de galinha e de peru, em vez dos silvestres papagaios e tucanos, de bermudas e,
até, possíveis cuecas por baixo, não estão seduzidos pelo pensamento moderno,
de acumulação de capital?
3-
Será que o pensamento sindicalista-petista-reivindicante, dos
anos de formação de Lula só agora começaram a contaminar o pensamento selvagem?
SOCORRO, Claude
Levi-Strauss!!!
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