REVISTA “EXAME” – 03/04/2013:
“Uma pesquisa
divulgada em janeiro deste ano, pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos, na
Suíça, mostra que a eliminação de barreiras ao comércio internacional, como a
falta de infraestrutura e o excesso de burocracia, poderia adicionar 2,6
trilhões de dólares ao PIB mundial. Um dos países mais beneficiados pela
redução dos entraves seria o Brasil.”
Leio a notícia acima, cujo
desenvolvimento envolve o funcionamento de nossos portos, ou a falta deles, tendo
às mãos uma série de documentos, datados a partir de junho de 2006, relativos à
possível construção de um porto no município de Iguape. Eles me foram entregues
pelo então Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iguape, Sr.
Alcino Frederico Nicol. Nesses documentos constam reuniões com a presença de várias
autoridades do Vale, discussões, palpites, conclusões etc.
Não vale a pena transcrever, no
momento, o teor desses documentos. Se alguma autoridade estiver interessada
neles, ficam à disposição. Digo que não vale a pena expô-lo aqui, neste BLOG, porque
isso seria apenas um texto a mais, que os leitores leriam e, no máximo, dariam
um suspiro: “Que coisa, hem?” e esqueceriam em seguida.
Mas, então, por que toco nesse
assunto? Toco nesse, como tocarei em assuntos correlatos, passados e presentes,
para que o passar do tempo não nos faça esquecer problemas que temos e estamos
deixando de lado, mas que um dia alguém vai se interessar em levar em frente, discutir,
conscientizar seus contemporâneos e, se for autoridade, começar a tomar providência.
Porque é até aí que podemos contribuir com a comunidade, já que nos falta
autoridade e acesso a mais amplos canais de comunicação pública.
O levantamento dessa ideia de um
porto em Iguape, bem como essas reuniões que se tornaram inúteis, não por si,
mas pela má vontade (ou excesso de prudência?) da maioria dos presentes, foi
iniciativa de um senhor a quem não falta imaginação, mas faltam meios para
realizar suas proezas e, sejamos francos, falta-lhe um pouco de senso da
realidade, não da realidade crua do pedaço de terra e das águas que nos
rodeiam, mas da realidade humana, que aqui habita. Esta terra (quero dizer, o
Vale do Ribeira) começou a ser habitada na mesma época que o resto do Brasil,
mas não é preciso ser muito observador para perceber a diferença em que nos
encontramos, na comparação com o Litoral Paulista, de Itanhaém para cima, ou do
Interior Paulista, em qualquer direção que se caminhe. Pelo ritmo de nosso
progresso, parece que caminhamos a pé, enquanto os outros se deslocam em aviões
a jato!!!
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