Sim, no Vale do Ribeira também
temos tráfico de drogas, assalto a caminhões que tombam na estrada, roubos de
diversos tipos, inclusive de políticos e funcionários públicos, como em
qualquer parte do Brasil, e do mundo. Mas, mesmo sem consultar as estatísticas,
creio que a comparação com um grupo de cidades do Norte ou Nordeste, onde não é
difícil achar regiões pobres, como nosso Vale, joga a nosso favor. Em qualquer
cidade do Vale podemos caminhar pelas ruas, de dia ou de noite, sem temor de
assaltos ou agressões. O único medo por que passamos, na escuridão e no silêncio
das noites, é o das almas de outro mundo, ou espíritos perversos, que costumam
assaltar nossa imaginação (apenas nossa imaginação) com suas ameaças estranhas
e inconsequentes.
Mas eu gostaria de passar aos
leitores uma comparação feita pelo noticiário UOL, das estatísticas de violência
entre vários países, postas em paralelo com os respectivos IDH, para provar,
enfim, que não é a pobreza a causadora da violência e da desonestidade, mas a
falta de caráter das pessoas, a frouxidão das leis ou o desleixo das autoridades.
VENEZUELA
A Venezuela é o
mais violento entre os cem países com mais alto IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) do mundo, de acordo com o Instituto Avante Brasil. O país, 71º colocado
no IDH, registrou, em 2012, uma taxa de 45,1 mortos por cem mil habitantes. A
Jordânia, em centésimo lugar no IDH, tem índice bem menor, de 1,8 homicídios
por cem mil habitantes.
MÃOS AO ALTO
O Brasil, em
desvantagem em relação à Venezuela no ranking de qualidade de vida (está em 85º
lugar no IDH, segundo a ONU), apresenta taxa mais baixa de homicídio, de 27,4
por cem mil habitantes. Está, no entanto, entre os mais violentos da América do
Sul. "Ganha" da Colômbia, com 31,4 assassinatos. Está atrás da
Argentina (45º no IDH), que tem 3,4 homicídios, e do Chile (40º no IDH), que
registra 3,7.
MÃOS AO ALTO 2
Os piores índices
de violência nas nações mais desenvolvidas são registrados nos EUA. Em terceiro
no IDH, o país tem 4,8 homicídios por cem mil habitantes - o Japão (10º no IDH)
registra 0,4 e a Noruega (primeiro), 0,6.
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