sexta-feira, 12 de abril de 2013

PSICOLOGIA: Desprezar pode doer tanto quanto ser desprezado


           Experimentar o ostracismo – ser ignorado ou excluído – magoa. Mas deixar outra pessoa no ostracismo pode magoar tanto quanto. Uma pesquisa feita pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, fez com que voluntários participassem de um jogo de computador simples, que simulava jogar uma bola para os outros jogadores. Os voluntários achavam que os outros jogadores eram pessoas que estavam em outras salas, quando na verdade eram jogadores virtuais controlados por um programa de computador.
           No primeiro experimento, os computadores eram programados para deixar um certo jogador no ostracismo, evitando mandar a bola para ele. No segundo grupo a instrução era jogar a bola igualitariamente para todos. E no grupo neutro a bola era jogada aleatoriamente. As pessoas do primeiro grupo relataram o pior humor depois do jogo, o que foi relacionado à baixa sensação de independência e falta de conexão com os outros.
            No segundo experimento, as pessoas de verdade eram as que menos recebiam a bola, sendo deixadas no ostracismo. Apesar de também terem prejuízos no humor, os participantes desse grupo relataram sensações diferentes – disseram sentir mais raiva, enquanto pessoas do primeiro grupo disseram ter mais vergonha, culpa e angústia. Apesar de não verem os outros participantes (que na verdade nem existiam), os voluntários apresentaram reações emocionais fortes, o que sugere que as pessoas se afligem ao causar mal aos outros, mesmo sendo anônimos ou desconhecidos.

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