quarta-feira, 8 de maio de 2013

A MONARQUIA COMO MODELO




A proclamação da República, em qualquer país, pode ser um passo adiante, em termos históricos, mas é um passo atrás, em questões de elegância e dignidade. Escrevo isso por lembrança e, mesmo, em homenagem, aos monarcas europeus, principalmente os do Reino Unido e da Holanda. Se é verdade que a postura e o comportamento dos líderes políticos influenciam o povo, a Monarquia dá de dez a zero na República (vide a diferença, nesse campo, entre o Reino Unido e a Itália). Parece que tanto o Reino Unido quanto a Holanda preservaram seus regimes, que hoje parecem arcaicos aos moderninhos, para não descambarem na grosseria, comum entre os políticos republicanos.
        Talvez eu não precisasse citar exemplos, mas não é de se estranhar que, nos bastidores de um Presidente que nunca leu um livro, e que leva sua amante em viagens pelo mundo, no qual vai representar seu país, se formasse uma quadrilha de ladrões que sugou o rico dinheirinho público para seus interesses particulares. Nós tivemos presidentes elegantes, no passado, Getúlio, Juscelino, Fernando Henrique Cardoso. A atual Presidente(a) não deixa de ser uma pessoa que mantém a linha, mas para estragar, rodeou-se de um súper (em número, não em qualidade) ministério, e dá apoio a congressistas que, em vez de estarem no Congresso, deveriam estar  atrás das grades de uma penitenciária.
        Talvez alguém possa me sugerir que “não se fala em corda, na casa de enforcado”, porque nós, aqui do Vale do Ribeira, também tivemos políticos que nos envergonharam. É verdade, e é preciso que a lembrança não nos traia. Esconder os erros do passado é estimular os erros do futuro. O que devemos nos perguntar é o seguinte: será que um político com vida particular “suja” não é também um político corrupto? Por que ele seria um homem público decente, se não se comporta decentemente na vida particular? Mas eu iria mais longe, e faço a pergunta que não quer calar: o eleitor que bate palmas, que apoia e vota no político cuja vida particular é um desastre (e em cidades pequenas, sabe-se de tudo!) não é ele próprio um imoral e corrupto? 

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