NB -
Por conta de uma notícia sobre médicos cubanos, que viriam ao Brasil para
reforçar nosso serviço público de saúde, brotaram de todos os lados protestos,
informações e justificativas que achamos interessante divulgar. Isso interessa
particularmente às regiões mais carentes do país, por isso achamos interessante
que o assunto seja ventilado, aqui, no Vale do Ribeira. Em primeiro lugar,
vejamos qual panorama da saúde, no Brasil.
BRASIL:
Médicos concentrados no Sudeste, Sul e grandes cidades
Números oficiais do
próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões
Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades. Boa parte da
clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada
por pacientes de municípios do interior.
Segundo pesquisa
encomendada pelo Conselho, se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil
habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil
habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e
Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e
Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.
A pesquisa “Demografia Médica
no Brasil” revela que há uma forte tendência de o médico fixar moradia na
cidade onde fez graduação ou residência. As que abrigam escolas médicas também
concentram maior número de serviços de saúde, públicos ou privados, o que
significa mais oportunidade de trabalho. Isso explica, em parte, a concentração
de médicos em capitais com mais faculdades de medicina. A cidade de São Paulo,
por exemplo, contava, em 2011, com oito escolas médicas, 876 vagas – uma vaga
para cada 12.836 habitantes – e uma taxa de 4,33 médicos por mil habitantes na
capital.
Mesmo nas áreas de
concentração de profissionais, no setor público, o paciente dispõe de quatro
vezes menos médicos que no privado. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde
Suplementar, o número de usuários de planos de saúde hoje no Brasil é de
46.634.678 e o de postos de trabalho em estabelecimentos privados e
consultórios particulares, 354.536. Já o número de habitantes que dependem
exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 144.098.016 pessoas, e o de
postos ocupados por médicos nos estabelecimentos públicos, 281.481.
O Brasil forma 13 mil
médicos por ano em 200 faculdades: 116 privadas, 48 federais, 29 estaduais e 7
municipais. De 2000 a 2013, foram criadas 94 escolas médicas: 26 públicas e 68
particulares. Em 2012, Cuba, com cerca
de 13 milhões de habitantes, formou em suas 25 faculdades, inclusive uma
voltada para estrangeiros, mais de 11 mil novos médicos: 5.315 cubanos e 5.694
de 69 países da América Latina, África, Ásia e inclusive dos Estados Unidos.
Isso se reflete nos
avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como
vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da
dengue. Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes
e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.
Isso se reflete nos
avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como
vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da
dengue. Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes
e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países.
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